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O Oscar ítalo-franco-brasileiro

O Oscar ítalo-franco-brasileiro
Cartaz do filme Orfeu Negro (1959)

Uma das grandes frustrações do brasileiro é não ter um Oscar para chamar de seu. Os vizinhos têm: a Argentina acumula 7 estatuetas douradas em 17 indicações, o Chile faturou um em 2018 com ‘Uma Mulher Fantástica’ e deixou o Brasil para trás. 

A premiação é dominada pelo cinema norte-americano, obviamente, mas em algumas oportunidades o Brasil já chegou perto. Foi o caso da indicação de “Central do Brasil” em 1999. A indicação de Fernanda Montenegro ao prêmio de melhor atriz (Central do Brasil) foi o momento de maior esperança dos brasileiros em encostar na estatueta. Daquela vez, não veio. Mas de certa forma o Brasil tem um Oscar, ou pelo menos parte dele.

No distante ano de 1960 uma produção em parte brasileira, francesa e italiana levou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro: Orfeu Negro. Apesar da direção francesa de Marcel Camus, o texto é de Vinícius de Moraes (e ainda tem trilha de Luiz Bonfá e Tom Jobim). O filme é uma adaptação da peça Orfeu da Conceição, escrita por Vinícius em 1954, que se baseia no mito grego de Orfeu, mas transportado para a realidade do Rio de Janeiro. 

Além do Oscar, o filme também levou uma Palma de Ouro e o Globo de Ouro daquele ano. Oficialmente representou a França, mas é em língua portuguesa, estrelando o ator e jogador de futebol Breno Mello como Orfeu e a norte-americana Marpessa Dawn como Eurídice.

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